11 de out. de 2011

Potz, to numa coisaonda muito acelerada, preciso dormitar um pouco e não consigo, eu sigo vivo. Bate aquela de que tudo é só uma reprise e que já sei de tudo, que estou vendo tudo; consciente, inconsciente.... A poesia "%" que tá debaixo é meio isso. As pessoas tão se matando na minha frente, entregando a bala sem me cobrarem o frete, uma atrás da outra, crianças, crianças, crianças, mulher queimada, vinte cents de troco por um tiro no rosto; O mais incrível é que não querem ver,  o cagões não querem ver o que ocorre; acho isso ora desestimulante, ora hilário. Já tentei desconverter crente e contratar pagão: todos eles, ateus, pobres, paupérrimos, chiques, boys, trouxas e madames, todos eles estão no mesmo lento movimento de reprise, de lentidão. Expliquei pra crente que gozar chamando a deus é pecado e dói o estômago de tanto enjoo, é contraproducente... o ateu não viu que ele virou um fool  do deus do livro vermelho, soviético démodé ... pois é, todos eles são porre danado, porre, porre, porre, assim como esse repetir da palavra o é...porre, porre, porre...

Acho estranho o quanto tem de gente tapada nessa onda, em que as reações verbais delas cheiram como esmegma de esperma esporrado amanhecido de glande mal lavada... é incrível que não sintam essa dor, que não procurem explodir dela... enfim, o Juan morreu por nada, o Sabotage também, o Alcides também ...amanhã serei eu também? a morrer na calçada?  Daí vem aquela onda de "porra, morre gente todo dia"... então é isso? me deixa por no seu ânus, então, já que todo dia galinha bota ovo, não é mesmo?

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