29 de out. de 2011




Pacas




Pra esta minha boca preta que cala

         Tétrica, que o som só no ar resvala

em só se estar

mente em mala

não tenho nada

São só verdades pacas,

                Que camucam , comunicam-nunca

na cuíca-hóstia de seus corpos

         proutro lugar da'reia da vida d'água

onde cuicam más e mais

acasalam pacas

acaralham-se pacas

que noturnas passaram

n'outro dia pelos teus olhos

E se renova

como se não soubesse

se é pai ou filho, filhotes-silhuetas ,

vagas
vagas

não tem mais vagas

pro que não é repetição parca;


             E eu estou pra elas poema sempre

                  não tendo leme,

como bicho que

anda

preso-e-solto.

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