22 de out. de 2011



De sentidos todos nós somos cegos
camufla-me o vento brando e a terra boa
cacos, pedaços bonzinhos, alienígenas dos vidros;
Sem sentimentos
tateiam a toa meus olhos escuros
pra notarmos areia revolta.
A gente pisa apenas nos corações mais densos
da maldade os mais propensos.
Tatuamos na cabeça os pontos proibidos
pra fazer vingança com botas
quando vier a nossa vez,
à estiagem,
ou pra marcarmos uma esgrima por debaixo do chão
num duelo de agulhas, minhocas cruas,
cobras da redenção.
É o encontro final, dos olhos com olhos
e da pupila consigo mesma;
e se arde a sorte nossa, de fino fio, toda infesta
pra aprender de uma só vez o novo jogo,
de nostros abertos
palavra como a larva,
cavocando, alma-contra-alma
olho no olho
falha ante falha;
Prazer em conhecê-la, ou de negá-la.

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