2 de jun. de 2018

Metrópole


Metrópole


Mínima de nove
e máxima de quatro vezes dez
noite em clima e asfalto cru de novo
buzinas atormentadas porque
a miúda cancelou o encontro
ao saber da vinda da tempestade
dentro da cara e das bolsas
dos olhos
seis da noite
no vão do museu
qualquer coisa menos arte
prédios simpáticos
pedras homeopatas
em cabeças psicóticas
Terra explicita a reproduzir sem monumento
de não se deixar ereto
Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos 
Um campo de concentração
a assombrar quase ninguém
 integra à imagem as ex-gentes que estorvam
Carlos Caldeira Filho um pirão
de motos e córregos  
sombreada por serpentezinha de aço sobre as mentes
não é a via Cuatro
escadaria fresca de quem a mantem discreta
Não sairá nos jornais eletrônicos
Mesmo quando chova e caiba refrão
‘Itaim, longe de mim! ’
Debutante margem de Brookfield assombrados
Vales da cheia de vinte e nove
Casa do norte do Pirajuçara O Sabor
um piscinão no antigo campo da Ponte
Trem atômico
o dominante nó de dar nas palavras avoadas
Verso 
Do insano Grajaú
A única Coisa existente.  

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