15 de out. de 2011

Poesia:
coisa curta
a palavra escura
intrusa
o dilema

E quem a culpa,
esconde ou condena
logo procura
na norma obtusa
pretenso esquema

E mesmo os duros,
nos urros mais turros
que ferem
se prostram mudos
por escusa licença

Essa tal desordem
que cresce
ascende e vence
sacode e perturba
premeditada gente

Sortudos em xeque
os mestre em muro
O gatilho e a metranca
sem metros pro mundo.

Que o povo ausente
já a tem de cor
pra mesmo sem letras
ser músico-mór

Pra da lágrima suja
ir babado tecido
em serena agulha
a caçar os motivos

E mesmo que eu feche
feito tumba
redondo-bonito
Há ainda quem
em pregresso tiro
se torça longo
contrário a meu dito.

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