23 de out. de 2011

F       r    a s e           s         s ol
t as





E mesmo assim
o meu critério arbitrário,
danado, me rouba;
me traz, por de trás de tudo que desejo,
disfarçado de flor, de sorrisos;
tudo inventado
pra te dormir
te dominar, não me conter,
o lixo virou poema:
são, de boas caras
de modesto gosto...
A folha surrada
o terno beat emprestado,
as flores fúnebres de canto sujo de muro, ainda não pisado,
vão lentamente entregando
este como desastrado assaltante de almas.

O teu braço estendido
e o teu suspiro antigo
que salgadamente me alarga,
outro instante
paixãossedentaeosmótica
me transferindo ao rio,
que por canto se abre,
que me empresta, me toma e empenha,
me ativa e ascende
pra mais dormir e ser,
neste salto,
do in-verso dominante, o dominado.


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