17 de out. de 2011

Esaú




Uma casa, uma flor, uma rosa, uma mulher
E eu, a querer entrar, do lado de lá:
Tomar um café,
Um assunto, uma bobagem que tiver
A briga, um desencanto
O sim e o não ou o que vier

No portão fechado, sem cercas, eu uso as mãos
Aplaudindo,
Sorrio pro teu cão
pro meu, pro nosso amassado pão.

Descontente ingresso,
A palavra, a chave jogada
O passaporte pra ciranda
Pro teu quintal armado, pra tua roda pensada

Limpo os pés,
Deixo minha poeira e minha folia no tapete: terreno sagrado
me dispo,
te dispo,
me despeço(De mim,)
Que é calor, é calma doida
É bossa nova dançada,
O meu lado Caim

Selvagem, inteiro,
no abraso do já dever cumprido
Não preciso de rimas
O vestido desinteiro me versifica
Já deitado em seu sofá,
palitando a minha sede, os meus ouvidos dos teus gritos
E assistindo a ti, colorida, acesa
na melhor reprise desse mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre o Autor

Arquivo do blog