22 de out. de 2011




ADADADADADADADADDADADADADDADADADA DA AdA
Quando eu era uma raposa pastoril




E cada verso meu
é tão são quanto serenata sonhada
e cada beijo teu
é nada meu, é todo nada
pois torpe é o jeito e o sonho
em que te quero
e do que espero, já no peito, arrevesada.

Nas ruas, nos concretos, nos falsos
vai e sai pelas calhas
um concerto acerca da saia:
vendo as calmas, tento um verso,
ensaio a quadra
que com arames e unhas feitas farpas
de quem se atreve, não se cansa
coisa sã, de vida rara

É desfile, é noite, é o dia!
E ela está toda enfeitiçada
dia torto, nem me enxerga, nem faz graça
se é caso meu, longe dos teus, mal-procurada
ou se te esqueço, logo me lembro, estás fechada

Se com vinte versos decadentes
de cada uma das dores repetidas, reprisadas
não te alcanço no que preciso, pro que falta
vou cantando, mesmo errado
todo torto, à minha fada.


9/3/2005

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