24 de ago. de 2018

Noite com Vlad






Noite com Vlad

Sob o trono de Vlad, couro de bode
Esse existir não seria tão azedo
Na já azarada fé de quem não pode
Tal qual artéria jorra um limo espesso

Açoitou o juízo o ogro sem segredo
Porque ensinou a marchar marcha covarde
Tornando a asnice com célebre alarde 
É esse senhor tal flor a vir do medo?

Frouxo demais para agir a jipe ou tanque
Inútil eu que sou os dentes só rangem
Pros sonhos de Vlad a verter o sangue.

Mas mais amargo que o mal é essa imagem 
Do sujo abismo, um narciso e Brilhante
É ver nela admirado o povo infante.

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