Bom, ideia de fazer o blog veio da necessidade de arranjar um veículo de expressão válido praquilo que eu achasse relevante ser veiculado. Parece uma redundância absurda esse primeiro parágrafo, mas não é, porque não é tão óbvio que o pensamento se saia maior do que ele próprio, podendo portanto ficar no neurônio contido sem nenhum gasto, não virando palavra, ato, abraço...Mas eu sou sinestésico, e ainda que não fosse, represar pra mim mesmo o rio dos sentimentos seria como viver a vida em preto-e-branco, que a maioria das pessoas se propõe a viver, esse lance de se contentar com a metade da metade, da metade...quase-nada...
Durante essa longa vida de soro estragado, não-blasé, não-pasteurizado, me acusaram muito de ser excêntrico, maluco, impróprio, antissocial, impulsivo, egocêntrico, curioso, aquele que vai sem duvida fazer com que duvides... As pessoas sempre gastaram mais de 22 segundos, exatamente 22 e não mais, pensando em que tipo de gente estavam em diante quando comigo parlavam. Na infância isso sempre me irritou, na adolescência me levou à crise, e agora me faz sentir um orgulho profundo, quase narcísico, de ser esse espírito quente, esse vento doido que bate nos outros e em si mesmo enquanto os mais temerosos trancam as portas, esse objeto-dejeto, desejo selvagem incontido...Um mosh em cima seu bolo de casamento, um piss-off dourado regando o seu intacto campo de tulipas de auditório...um bicho, um bicho.
mosh no bolo de casamento: simplesmente histórico. eu quero filmar isso. mesmo.
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