Eu estive llegalzinho ( com 2 ll mesmo) nessas últimas 72 hs. Nem a prova de latim me tirou do sério. O professor é péssimo, mas é um puta camarada pra conversar sobre programação de softwares e trocar umas dicas de "craker de humanas", falar sobre a Apple e afins ; também tem ótimas tiradas, além de reconhecer a limitação da sua didática, o que é de uma humildade admirável num curso recheado de arrogâncias como aquele... Serviu como inspiração pra que eu também reconhecesse as minhas em domar todas as mil declinações, e encarasse, sem desespero, um resultado futuro sofrível, mas passível de aprovação...tava llegalzinho .
Comecei a perder o pique desse raro bem-estar na saída e fiquei pra ver pessoas da mpb tocar...É foda, mas acho engraçado me infiltrar e atestar o quão eu não nasci praquilo. Se essa de "quem não gosta de samba bom mano não é" for real, eu sou o Mussolini! Um crápula. Me dão o violão, sem nem saber meu nome. Depois de muito auê xenga-lenga-nacionalista, toco Harrison e Jonny Rivers. "Ih, ele gosta de Nirvana" acusam. Eu tava com uma camisa do Red Hot, não entendi a afronta, mas enfim... Pediram pra que eu tocasse música brasileira; devolvi a dizer que música brasileira é a dos índios, que já foram mortos. O desafio tava bom e tavam pagando Heinekens pra gente...tinha gente fumando de tudo e me lembro que também fumaceava quando ansioso e que, naquele instante, não me tentavam os picos de nenhuma cor. Fui ficando constrangido depois de uma música e meia, mas sinto que abrandei algumas visões. Tocaram até Ritinha Lee depois disso...meno-male.
Hora de ir , e a girl-da-bossa agradece por eu ter dado uma afinação decente no instrumento.
__"Você gosta de mulher? __Eu, ao responder sobre afinações.
__ "AH!!"__ela se desmonta , admitindo com surpresa e com gosto o gosto pela tal surpresa.
__ "...EH, er... gosto, gosto, só de mulher, e é bom..."
Ufa! enfim uma coisa em que nós dois concordávamos naquela bagaça musicólica. Breaking the Law na Hard day's night.
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