De tão célebre
que somente eu me conheço,
dos meus sentidos,
e de tão bonito
o renegar do meu interno riso
o meu dabate
comigo mesmo eu sigo
E tão intenso
é perceber que eu caibo
numa quadra, ou num soneto errado
e que repentino eu me expulso
pra meu conturbado solo mudo.
E solitário
revirando do avesso
no farejar de um motivo vago
surge bem de jeito e claro
acelerado e vivo passo.
Tão logo eu me deparo
pra me atentar, de bom gosto
pro que eu pareço
pra de vez me recostar no mesmo,
nos braços cruzados, sem desespero.
E antes de que eu me fosse
por mal, de braços outros
ou por bem, de santa morte
sem guerras, paraíso e sorte
Será o meu rumo um sonho todo
de intensa estrada, faróis de forte/noite*
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