18 de ago. de 2011

me diga


O meu coração bate mais forte nas anginas mentais, voluptuosas
e espantado, diante da minha contundente semelhança com o mudo, implodo-me, calo-me
O barulho que saí, se é que há algum que ousa e se exorta
acaba saindo em sonido velho, de dedo em corda*
tão sem querer e sem cuidado
da música em vitrola, em disco de acaso, que me chia.
A agulha que me fere, bate de repente
dos tantos pensamentos convulsos, saltados
dos meus murmúrios agressivos, de sons baixos
que querem gritar, mas não podem,
querem viver, mas não pedem
somente me arrepia, me queixa, todo chorado.
Não me explodo,
não me grito, não me valho.

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