15 de ago. de 2011


A me lembrar, contra a vontade,
de cada palavra,
de cada verbo
de repetir e inteirar, incessante,
feito um choque, o nada-mudo
no silêncio que corrompe
como máquina avante,
que não permite que eu me cale,
que me põe vivo,
eu mergulho numa ciranda sem canção, sem aviso
em que o dito é, de mãos dadas comigo,
a melhor comparsa de roda;

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