Convite coletivo:
e é bem aqui, na rua de cima,
vamos gastar nossas horas sentados
lado alado
e champanhe corado
um amasso apertado
tem boto, lenda do rio e motocicleta...
garotas de bocas abertas
de lobos, soltas, cansadas
de tanto parar e ver como somos aço
e de pedra à carne como quando somos de raiva.
Vamos em Paris,
desejo é que arma a rima
nós fumamos muito sem cigarro
bebemos tanto sem abrir o copo, dançamos tontos,
prontos pra revolução do metal,
fundidos estamos,
lascaram se os planos
queremos um céu de phone pra avisar o hell de que jamais chegaremos
ao ponto...
pues somos viciantes, modernos
multiuso, pequenos.
Um cego
dois cegos
três cegos: São Paulo, final de tarde avulsa.
Temos ódios das bolas, que apertamos para vencer o asco de vencer
sempre, Luiz Carlos Berrini mente. Das de praia e de foda nova, que
batem nas manias dunas brandas, dos tubos de TV,
a preço baixo
alguma coisa parecida com Miami ou a Palmatória da Maloca,
Barracas e barracos se casando em sua borda, insana.
Tem novas torres de cal surgindo
brancas por dentro e por fora
flores covas, nos quintais de menta, que arames de alardes me entras:
220V na minha bunda, se eu me atrever a ter vida, ater renda.