7 de abr. de 2012

04687768752


0468768752


Encontrei um sujeito
muito parecido com um acoite, muito parecido com Rodrigo
-o que veio pedir emprego.
Seus olhos de guarda de trânsito, cuja mãe não sabe o nome, eram sopa em lata;
talvez ele já os tivesse ferventes, se precisasse abri-los-
Encontrei um sujeito calado, Virgílio
e o sorriso que a vontade dele calava estava atrás, lá atrás, e ele vestia
prestava vestígio
se prostrava bem por perto de ser o mesmo, na tela de vidro.
Envelhecia, ao abismo-
E eles dois, Digo velho e Rodo novo
tinham poeira e bronze por cima e por baixo do corpo
e um sol se pondo, decidido, de cada um dos lados
para trás do rosto, do dorso,das penas e da cauda...
O mesmo não-andado
o mesmo não-bigode, é que se note que ele raspou a alma,
a mesma não-bolsa amarrada na blusa por não ter alça
em um Xis de corine de lado a lado
que é ser o sempre mesmo de se não viver.
É solene e triste, ardido em perceber
um de cada enquanto o dia vai envelhecendo
o calmo hall dos meus vidros de dentro, sobre os quais preciso que se ponham mais vidros por cima para ver, e que não me encoste aos filhos, acrílicos;
como um sol a mais, na frente dos pêlos,cabelos brancos, crespos, soltos, vermelhos,pretos:
Encontrei nas noites um sujeito

Sobre o Autor

Arquivo do blog