0468768752
Encontrei
um sujeito
muito
parecido com um acoite, muito parecido com Rodrigo
-o
que veio pedir emprego.
Seus
olhos de guarda de trânsito, cuja mãe não sabe o nome, eram
sopa em lata;
talvez
ele já os tivesse ferventes, se precisasse abri-los-
Encontrei
um sujeito calado, Virgílio
e
o sorriso que a vontade dele calava estava
atrás, lá atrás, e ele vestia
prestava
vestígio
se
prostrava bem por perto de ser o mesmo, na tela de vidro.
Envelhecia,
ao abismo-
E
eles dois, Digo velho e Rodo novo
tinham
poeira e bronze por cima e por baixo do corpo
e
um sol se pondo, decidido, de cada um dos lados
para
trás do rosto, do dorso,das penas e da cauda...
O
mesmo não-andado
o
mesmo não-bigode, é que se note que ele raspou a alma,
a
mesma não-bolsa amarrada na blusa por não ter alça
em
um Xis de corine de lado a lado
que
é ser o sempre mesmo de se não viver.
É
solene e triste, ardido em perceber
um
de cada enquanto o dia vai envelhecendo
o
calmo hall dos meus vidros de dentro, sobre os quais preciso que se
ponham mais vidros por cima para ver, e que não me encoste aos
filhos, acrílicos;
como
um sol a mais, na frente dos pêlos,cabelos brancos, crespos, soltos,
vermelhos,pretos:
Encontrei
nas noites um sujeito