Não
se consegue perceber alguém que ama no escuro
do
mundo.
No
passeio, perto da distante praia, no meio fedido do povo,
nem
quando sorri muito;
é
como cruzar com um mudo:
é
preciso sempre perguntar para saber se ele ouve ou não a pergunta, e
se na sua língua responde
ou
a um louco, desses de paranoia mais tímida, quantas viagens à Aruba
ele faz por dia,
se
está no absurdo do amor.
(Não
pergunto, não é da minha conta, fico mudo e doido eu, e me saio,
sério, escondendo os meus,
como
todos)...
Ou
talvez encontrar um analfabeto, que é puro romance, não é belo,
mas ainda existe:
ele
pode te enganar usando harpas, e dizer que está tudo bem
com
o nome da próxima estação
mas
é preciso ser mais dele perto, de sua vida,
e
ver o drama que é seu
de
grafar-se torto 'Juão'.
Discreta,
Quimera
secreta,
é assim
sem
se contar em TVs, sem luz definida, a paixão.