Sábado e Domingo são uma fotografia que não realizo. O tempo que gasto procurando registrar ela, essa vontade de te abraçar como Brama Fez com o vento no escuro no início do tempo no mundo, é sempre menor que o bastante do tempo que aproveito nas 48 Horas de apego ao que mais quero: te agarrar claramente, com direito a unhas nas costas, falta de conversa e baba de cão escorrendo nas vigas das casas urbanas das vidas quadradas...o seu apartamento.
Desesperado, eu posto mais de trinta fotos sorrindo na parede do mural, elas estão pouco sortidas: coisas de praia, de festa, de estrada...; eu tento sorrir em todas elas como se a pele fosse vagem rica que não fosse ficar jamais extinta, apenas pipocar quando fosse a hora de fingir e de ser confundida com o milho. Eu tenho que fazer em cada uma brilhar mais os olhos de vampiro {que não os trato na imagem por não saber como borrar mais, de medo, na imagem},para me ser amável a insana pergunta jamais usada com conveniente e tao cheirosa mentira, que é aquela de me imaginar como ser possível não urrar de tanta felicidade em vida; e responder, breve, com outro sorriso chiclete para a minha mágoa, apagando com o infravermelho do flash da moda de ser latão de brilho, morar no desapego de morte por estar já ali, e sempre, segunda-feira. Trinta poses quentes de solidão na casa de Shankar, a máquina e eu, o breu e a lástima. Máxima, que me sobre a tua falta.