6 de abr. de 2012

Sessão 001; Parte 2



Parte 2. Sessão 001



Para ser assim, Bom dia, Lianne: desse jeito começa, mesmo sem que eu saiba se é de dia, que remédios me levaram a aura do exame das horas mais fáceis, o sabor de doce que eu tinha antes de ter a você e aos outro, como numa mesa simbólica, me adicionando e me tirando mais pó, mais de um tal suco artificial, como meninos biricando de cozinha e de palavra solta no pote: pondo mais, pondo menos nos conformes do bote só para ver o quanto químico, colorido fica o refresco e se orna o prato...

Eu também não sei se é tão bom ser dia de novo assim, Lianne, caso seja mesmo verdade que agora eu te falo e te escrevo, e portanto simulo que as coisas sejam e, como num reproduzido otimismo que eu via quando pequeno nos programas de televisão, que o desejo que tenho em vê-las reais seja o motor multicores de que aconteçam. Esperança.

Diga-me que, por favor, no quase dia de hoje que depende de um fio de gelo, que me conhece pelos olhos, ou então que simule também; se você desejar eu fecho os olhos e desapareço em mim mesmo, ou naquele outro que sempre espreita, como se eu fosse capaz de escavar mais em um fundo de rio.

Juro que daí passaremos a crer na meia vida do comprimido espaço de metal nobre tomado, e mais ricos, dois, só isso e juro, nesse fingimento de compatibilidade ternas, onde não haveria mais alvo, e onde se existisse tempo, esse seria o seu sorriso em saber o quanto não desconfiar o desengano em não nos olharmos. Terapia.

Sobre o Autor

Arquivo do blog