9 de nov. de 2011

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Te panfletei, contra parede, em seu respiro
E te colei, sem permitir que me dissesse,
uma só voz, em seu desejo;
E te calei, feito um tirano,
por entre os gritos
de tudo que me negavas
de tudo que não querias.

Não me importava,
era tudo meu,
tudo posse
todo ignoto ao teu sufoco, ao teu esquivo.
E certo de que na colcha armada
da cama, da força
pudesse se costurar qualquer sabor montado,
tratei de renegar as tuas vontades mais claras.

Já nos meus braços, completo ausente,
você tremia
e de medo saltava os olhos.
Não queria ser tijolo, não queria ser cola,
não queria ser minha.

Dado no fim o espaço,
concedido no desfeito à cela armada,
pra boneca mais morta e triste,
Salta pra vida, na fuga do colo perverso
liberta do riso opaco,
no sonido de bateria santa,
da paz
pra quem agora se solta, se levanta,
d e s g r u d  a
e vai.

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