15 de nov. de 2011

Night visions


 Hoje à noite, na minha profunda noite, estive perdido numa selva escura, e óbvia de tão perdida que era; sem gente, sem norte, sem pensamento; Montanhas de areias maiúsculas, resolvidas pra dar um fim nelas mesmas, me enganando e se movendo...A ausência de vida, de suporte de me sustentar, de pernas selvagens circulantes pela trilha, só uma coisa passeando verderrápida por umas árvores, como que indo embora de mim. É tudo real,não creia mais em mim. Não conseguia achar o caminho, subindo, descendo, tudo terminava na margem de um mar absoluto e sólido, pálido de surfistas épicos, sem brilhos e de areias. Era uma cela confortável e enorme, cheia de barreiras sutis e esperadas, pra fazer o prisioneiro-eu pensar que estivesse algum dia no mundo, ou num paraíso, nele mesmo, ou no vazio sem sorte do mais-fundo. Parecida com uma esquina, fechada, reta, irresoluta; e pra isso eu destruí o tudo e fui-me embora; as montanhas nada podiam ser do que toda essa gente de fora passando e vindo por mim sem me deixar nenhuma marca relevante; As areias secas do mar cenográfico, somente meus sentidos depositários e estáticos, esperando a tempestade quase-nova para se diminuir e ir-se voando e chovendo sobre tudo quanto me for feliz ou doído, e doido, sem acentos; apenas com corações à caça dos bichos vivos do de fora do que me resta.(Esta/estrada/sem {v}ida)
(Está[
/ex-tra-da////
/s/
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}ida)

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