Night visions
Hoje à noite, na minha profunda noite, estive perdido numa selva
escura, e óbvia de tão perdida que era; sem gente, sem norte, sem
pensamento; Montanhas de areias maiúsculas, resolvidas pra dar um fim
nelas mesmas, me enganando e se movendo...A ausência de vida, de
suporte de me sustentar, de pernas selvagens circulantes pela trilha,
só uma coisa passeando verderrápida por umas árvores, como que
indo embora de mim. É tudo real,não creia mais em mim. Não conseguia achar o caminho,
subindo, descendo, tudo terminava na margem de um mar absoluto e
sólido, pálido de surfistas épicos, sem brilhos e de areias. Era
uma cela confortável e enorme, cheia de barreiras sutis e esperadas,
pra fazer o prisioneiro-eu pensar que estivesse algum dia no mundo,
ou num paraíso, nele mesmo, ou no vazio sem sorte do mais-fundo. Parecida com uma
esquina, fechada, reta, irresoluta; e pra isso eu destruí o tudo e
fui-me embora; as montanhas nada podiam ser do que toda essa gente de
fora passando e vindo por mim sem me deixar nenhuma marca relevante;
As areias secas do mar cenográfico, somente meus sentidos
depositários e estáticos, esperando a tempestade quase-nova para se
diminuir e ir-se voando e chovendo sobre tudo quanto me for feliz ou
doído, e doido, sem acentos; apenas com corações à caça dos
bichos vivos do de fora do que me resta.(Esta/estrada/sem {v}ida)
(Está[
/ex-tra-da////
/s/
e/
m {v;;;;;;;/;;;;;;;;;;
}ida)