14 de nov. de 2011

mais jam



João não queria sair.Achou melhor proseguir com aquela pilha de videos antigos, com Charles Bronson e outro gangsters das armas, que eram estrelas principais.Os diálogos que se seguiam eram curtos, gritados, e o volume da tv meio alto; somente a claridade dela acesa.
Bronson possuía, além de rosto de malandro, um jeitão bem arquetípico, que o divertia muito: a mesma feição que servia para gargalhar com o olhos de alguma tolice dos companheiros de patrulhas era a mesma que se fechava, como o punho, sobre os mal-feitores.Se era pra por qualquer um contra parede, sacar a lanterna pra fazer economia da coronha, e fazer o homem gritar a própria alma em verso petrárquico, era com ele isso, sem muita dó.Detinha, como um farmacêutico ao doente, a dosagem exata dos seus golpes.Não precisava decifrar, por entre letras tortas, as indicações médicas, pois tinha intuitivo, homeopático método.

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