11 de mar. de 2012

Botswana

Eu não tenho nenhuma outra prova de que exista Botswana
além das dádivas de vê-la no mapa dos olhos com cisco de um vestígio;
Eu não tenho nenhuma prova de que exista ela;
pode ser uma mentira que fizeram,quando notaram que faltava um canto para ter nome esquisito;
ou até um de alguém importante, que  se pôs ali por capricho-
eu não tenho a boa vontade definitiva de desistir dela;
mas me cansa de ver que não há razão para que ocupe o espaço, que não se mova-
esfregando o paper eu tento esticar ela, entrelaçar com os ramos da minha pele, alguma coisa real
que vaia grande coisa vermelha, um piado ou urro cômico
provável piano com notas escolhidas por dedos mútuos-
eu não tenho nenhuma prova;
pode até ser, e torço, que me queime a língua
de nascer um dia que eu a veja em screen de cena em tela fina
toda cheia da coisas que queremos cheia de morte para a apressar a vida;
enquanto isso, eu olho para o mapa
e não tenho nenhuma prova
de que exista o molho de chaves de quem a vê digna, agora. Nenhuma prova de que exista a ida,encoberta,Botswana Minha.

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