11 de mar. de 2012

Salão


S   a  l  ã  o



Tens que fazer de novo?
as unhas na minha frente?
Esmalte
tesoura, conta-me, maltrate;
abóbora,
francana, sabida, acorá, lilás, Borja, santão e veraneio
amarelo concórdia de pernas abusadoras de rato-
sanduíche, cotonete, acetato inflamado
lava tendão de amolecer as garras
certifica no lustre que os são, esfria a lava,
que não estive tão a salvo;
Eu fecho,
eu abro
estou na veia;
arranca mais um pedaço-
ela tem que fazer de novo
não me molha
e isso sempre me arde
Ainda me queima um quesito teu
risível
da pedra pomes azulada quente em pus
que esquentando no medo mínimo prensado do seu calçado
vai a ferideira tapuru tão feia
do desejo de ir pro lado.
Preciso de álcool para me banhar, (me lixe menos, e se lixe mais)
e de uma tarja exatamente úmida
que me seja de o mais pra rasgar-me c'oisto -à comida aberta-
Mais uma noite eu te vejo pela réstia da porta,
observo o cravos, carminho no osso se lixa ao aço:
tenta em rude
infesta e cospe
salga o grosso, tempera e morde
vento cor-tinta, entre a cortina, vento forte, sem ordem.
Recaindo luz e medo
eu escondo o chapéu
pra não ver a minha testa no reflexo, vou e me agacho;
-rima sina e morte, ela dorme-
e me entram as unhas no couro: me comovo, curva pra fuga de novo,
tens de fazer,
tanto assim,
de mim, às unhas de novo?  

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