Timydês
E
mais um dia escancarado principia
recolha-me,
por favor, por debaixo da porta
que
eu tranco as janelas: é dia de sorrisos.
De
um sol irritante que me desafia
me
convida pruma felicidade amorfa
de
bondade explícita das bem quiistas.
É
timydês.
E cada
saída, tentativa de ser-me rua
é
como se fosse um crime,
olhos
vigilantes, corredor da milha verde,
em
recuo e cílios.
A
cabeça, se a ponho com esboço pra fora
se
eu espio
é
pra ver se vem alguém
auto-denúncia
até para tomar água. O copo fala.
Precavendo
futura censura, fazendo o agora
eu
me meço na estreita conduta do sério:
Volantes
grudados nas mãos do austére antigo sem placa, silencioso;
destino
certo
cobiça
pelo perfeito
senso
reto, engravatado.
E
até meus pensamentos eu prendo
jogo
com bem dadas vírgulas em tudo:
eu
sou a célere et caeteras certa no meio da frase para encurtar o
assunto.
Para
ficar de uma vez mudo
ser
mais prático e menos incômodo
menos
agoureiro, sem sorte.
E
meus olhos baixos, meus naturais óculos escuros
como
faróis de serra
ficam
que como a observar a linha do asfalto,
temendo
reagir ao balanço das saias,
de
desdenhar bem mais do que pernas: corações de ninguéns amais?
Se
me veem e me gritam “te odeio!”, e eu ouço justamente o seu
contrário
desamarro
a raiva própria ao meu trejeito
e
me enojo com a própria preguiça que tenho de ser tão violento,
e
me acalmo mais...
...Fico
longe,
como o sofrer rugindo na jaula, longe daquela que me leva o couro,
como o sofrer rugindo na jaula, longe daquela que me leva o couro,
com
os pelos todos do meu dorso se indo pelo piso, laranjas.
Caminhar
amparado sem as garras
com
as minhas muletas de alma
é
suportar o pedaço humano que persiste
largando
ares maus por toda a vida:
O
podre obtuso se abusa de traços
de
espasmos convulsos de risos, conveniências do circo.
Ou
de conivente arcada,-perversão protetora e amiga-
quase
otária,
aleatória
e silenciosa.