5 de jan. de 2012

O gaúcho e a Chinoca


Capaz, me olha,
que tu tem a luz que o sol não traz nos olhos, Chinoca
que quentes como os meus
são todos em fervo em ti guardados;
São todo dia em te esperar;
e então se noitece e o tudo sem ti me falta,
como montar na sela mansa,
para começar a parar de girar
porquanto dormes de abertos sonhos.




Absurda tu te ficas, descojuta, faceira guria
como fundo de número azar, cruzes mil! Me humilha
(quando sério eu te amo um tanto).
Pouco presente aonde o meu couro se solta pelo teu raio claro;
É prenda minha que se foi já da estança
pra quale ao laço o orgulho não tomba
de ficar tão dentro desse peito calado:
que me mate a solidão do Pampa!

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