Shankar e eu ; Pt. II
Não existe
poeta sentado
palavra rima
com ponta de pé
calçado
Fácil perseguir,
difícil estar do lado
me abandone
se quiser provar algo
porque sou parvo, um
belo saco;
mas ao menos que não
me seja corrente
contente deu não ter
mais por onde
deitar meu beiço
decreto.
Fica você da cor dum
chiclete
quando eu vandalizo
monumentos;
Eu me amo de mais, mas
Shankar perverte o senso:
Faz passear as unhas
do medo
desgruda comigo um pedaço, um boneco
de bronze,
pra farejar comigo o
hangar
de se encontrar e
maltratar o instante,
ministrar o doente
e brincar de piscar com
mãos usadas pratingir a luz do eterno indecente,
Incoerente,
incisivo afeto,
incoerente,
Shankareuera.