8 de jan. de 2012


Shankar e eu, Pt I



Shankar e Eu
no poço do desgosto eterno
invertendo martelos
desarqueando pregos
para não subir mais:
porão.
Pendendo eles aços nas claves dos pulsos
como línea de costura em pano-gordura:
vai-vém. Não descubra o misto.
Morda o sempre ausente desejo de ver os olhos.
Moedas em cima do rosto de Shankar, mas não parece.
Não nos parece a mais nada, se é cobre ou couro
água ou lodo. Estou dois em cinco outros cheios lados,
vezes mil
Shankar e eu.
Parte o dia
e a flauta tua
brilha em um outro mundo,
mais longe do fundo
que a palavra mais rasa possa contentar.
Eu e Shankar.

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