21 de jun. de 2012

Equinócio


 

Hoje o sol decidiu se apear no horizonte
ficou cansado de verdade
e pediu que se lesse
um conto cru em verso
amarelo semi-blue;
pareceu brincar de esconde-esconde.
Se és tão rei assim, por que insistimos em vê-lo?
E Desafiar ele?
Soro corre da pupila à calçada
frio sem nuvem, reprimida fumaça;
para nos intimidarmos ahora:
todas as fodas, glórias...
deixamos noutro dia
e por fim fomos brincar de acender e apagar as luzes
E ele ficou nos olhando antes de seguir o seu destino.
E o mundo todo,
nesse caso, um de dois-
na horizontal, queimando os olhos, babando os trejeitos, deixados na grama dos palácios
ou no carpete de espuma troncha
viu passar na sua perpendicular
o quase nosso,
quase...
equinócio de um verso. Nosso.

Sobre o Autor

Arquivo do blog