31 de dez. de 2011
Músicka -===--=- Moderna
A
Música mode er na
não
é tudo issoall
Você
sabe que não precisa ser assim/
a
mágica deve ser trambique de acaso, e não lei
- tem horas que sai morta da cartola;O seu ósculo feriu o meu rostoÉ o que ha´quando e procura a paz,e um corpo inclinado para trásum animal de três patas que lambe
- uma coceira verinoza de desprezo;
- Bate-e-Ria de íon volcannoSicilianoAfricanofricando no meu beiço EN-tocadofrita no meu medo, batata da espermacãibra/e você me DiZ que cumulare camuflare Não chover ácido único é N0RRmaLL?É como: Mal norr, tão sem ordem assim, tão comum quanto...Está virrosse mentee e nasce em flor de aço e calcário
- que só um futuro gameta
- ameixa retângulo, quase-drado
- discordante produz
- e Re-Produzzz
- sempre o mesmo odor - O dor.
- Mas você não tem ideia
- nem ideia do que seja esse pomar de peixe..
- Você abre a lessone e tenta ler a música moderna
- mas ela expira trombones e petes
- Tenta achar ela na tabela das coisas certas, mas não tem toca
- não te toca,
- solitude e troça
- trompete que vai
e
volta
-e
fica solene, no mesmo tom sarnado
como
cabelo de sete pontas, playing ainda que triste
e
vós só pegais o mais bonito e piegas;
Sempre
se esquece das mãos
que
fazem a canção fazer o autoffácil de ser;
uma
impulsiva mão não stop cum arte
se
lascando as unhas em pedra, todas
por
essa noite e meia.
28 de dez. de 2011
Depois das Três
Vemos o passado como que olhando para o céu,
o presente de viscoso tempo ao nos pendermos reto,
sem se agachar,
sem se agachar,
retina pro horizonte,
e o futuro todo,
avistando a sola dos nossos pés de água,
no nosso derretido umbigo embargado.
Caminha, então, inferno!
Rumorepletorepetindooincerto.
Rumorepletorepetindooincerto.
24 de dez. de 2011
22 de dez. de 2011
Minúsculo mundo II
É
dia feliz,
esse
é o presente. Abre, Joana!
Mas
o que é?
Você
não vai ver.
É
uma flor?
Você
não vai ver...
É
uma casca nova?
Você
num vai ver...
É
um brinquedo sério?
Joana,
já disse que não vais ver.
É
a verdade pintada de cheiro?
Vos-cê
não vai nem sentir...
É
o sangue do mosquito hospedeiro?
Cê
não vai sentir, Joana ...
e
fuçou no pote do besouro rola-bôsta.
Não
viu,
não
cheirou
nem
sentiu;
pólvora
quente encaixa no ar,
outra
vez bello ,
os fogos
de artifício de magma.
E
o jardim de Paula viu,
e
ouviu, e sentiu, e comeu
todo
o vermelho zumbindo.
21 de dez. de 2011
Minúsculo mundo
Maria Rosa, eu quero ir fora/
tá na hora./
Não, belha-mel, bem, ainda não agora}
Mas pois tenho asa, e quero.../
Não, belha-meu...não voe agora}
E a menina virou uma mulher carnívora.
Asas ex-voadoras picadas
na estufa do Seu Hilário Firmino.
20 de dez. de 2011
18 de dez. de 2011
{18/12/ 1943 -these days)
"Music is a language that does not speak in particular words,
It speaks in emotions
And if it's in the bones,
It's in the bones!"
Keith Richards
(18- 12- 1943)
14 de dez. de 2011
13 de dez. de 2011
Jogral da infância
Jogral
do colégio anarquista
Carlos, O lobo, indo à Silva |
...Partido
é artifício
...Pra
comício?
...fictício!
...E
eu sou orgânico
...propor
pânico?
...Sexo
tântrico
...Partido
é máquina
...palavra
mágica?
...sádica!
...e
eu sou humano
...por
enquanto!
...puro
engano!
...Partido
é burocracia
...de
quem merecia?
...de
regalia!
...e
eu sou complex-e-idade
...de
vaidade?
...de
pouca idade!
...Partido
é posição
...de
intenção?
...ficar
de quatro!
...rimaste
errado!
...e
eu sou articulado:
...ficar
calado?
...trepar
de lados!
...Partido
é proposta
...de
que resposta?
...de
muita bosta
...E
eu sou pensamento
...por
dentro?
...a
todo momento.
...Partido
é união
...de
irmão?
...de
muito cagão!
...E
eu sou indivíduo
...dividido?
...comigo!
...Partido
é ruptura
...aurora
pura?
...buceta
dura!
...E
eu sou o inteiro
...o
curandeiro?
...o
punheteiro!
...Partido
é tudo
...todo
o mundo?
...muitos
mudos!
...e
eu sou um terço
...
e eu conheço?
...só
o avesso.
...Partido
é fodas
...
de estar na moda?
...de
muitos broxas!
...e
eu só meto
...com
respeito?
...meto
e meto!
...Quem
se importa
...e
ainda gostas?
...com
quem gozas!
...Aperreio
sem freio?
...Dedo
do meio!
(...menino-feio!)Palavra censurada
12 de dez. de 2011
11 de dez. de 2011
Baía dos Porcos
Baía
do Porcos
Bom
dia, dada à luz que pare e traz
atrás
da minha porta o dia novo
que
já não brilha tanto más, de acostume comigo
de
reflexo e sem birra
eu
finjo que não ligo pro que vejo,
não
importa, se é sempre amor.
O
meu cachorro que busca
brinca
no chaco tápria com as patas do dono
rabiscou
com a boca o meu tapete,
levando-me
o jornal,
separou
de mim as notas tão curtas do mundo
A mocinha comendo sorvete
toda
antiga na rua
babando-se
toda, maquiagem malfeita.
O
cego esmolado na calçada
com
seus chicotes morais, castigando-o
vai
balançando a caneca
tentando
me fisgar pro seu lado,
não
importa, se é sempre amor...
Se
é sempre amor,
ainda
que haja tantos gestos, eu me doo por dizer,
saco
um cheque piedoso, pago-o,
danço
em tele-apatia com eles
de
todos os sabores, flocos de alegria
bem
no meio da massa-
e
sem saber seu nome, chamo-a, devoro, me derreto também.
Se cada dama
que
muito fica admirada ca' minha feiura
e
com meu passo carcovado
e
abre bem os olhos, espantada,
eu
me socorro de um asco mais torto
que
o beijo que o queixo me dera,
de
ser outro que rima e come todas
zombar
do espelho, do gosto de fera.
Ninguém
se porta. É sempre amor?
Os maus-tratos do sol quente do dia-meio
que
me deixa suado, que me atrasa
ou
se garoa, que enche meu terno de gotas
rastreadoras
de vontades pôrcas
eu
me dou um jeito e seco à frio
porque
não importa se é mesmo amor.
O casalzinho amassado rente ao muro
com
panfletos novos da verdade do sossego mútuo,
cheios
das promessas que escorrem dos sussurros
alianza,
casa, ouro, futuros dignos,
planos
de quinze minutos,
e
o papel se desloca da cola,
virando
casais moles também, sem ideias...
E
não mais importa, se é sempre amor.
Entro e saio do teatro como quem se molhou na poeira; não vejo peça.
Os
gringos riem do meu sotaque;
eles
montaram na terra que foi minha
e passaram a dizer como eu, com
toda a asneira que vivia nela,
mas
quem se importa , se é somente amor?
E daí te r'encontro
nem
fundo D'Água,
Baía
do mundo,
e
tudo se atrapalha
e
tudo ahora me importa, sem navios, por demais, sim.
E
ninguém me ensinou a sofrer tanto
em
tão pouco tempo-segundo, girando.
Ventiladores
Rodas
de bicicleta,
tudo
novamente...
Quem
se importa, se não é mesmo o mesmo tal do sei-me amor?
9 de dez. de 2011
Manual da Canção
do mandamento do Não
Nunca não negar a
quem não te quer
e jamais permitir
que um sim se troque e enforque,
vestido de louça
só pra sentir a náusea de um talvez que surja;
prum abraço aberto
prum riso cantado,
as armadilhas dos
beijos mandados
àquela distância
a q u e l a d
i s t â n c i a …
Sentar-se à porta
feito um cão
e não vencer a
fome, o desejo
será castigo
como perpétuo e
mortal deverá ser
todo obtuso cheiro,
toda a audácia,
qualquer maldito
beijo.
A poesia, quando
lida por quem não sabe,
em silêncio
(por quem se perdeu
sem ter se ido embora)
não conterá
poema,
será apenas
sequência
manipulada com
calma no vento frio.
Tocando os altivos cansados das recusas,
das reclamações,
não será
permitido que os deuses possuam
qualquer fadiga em
seus ouvidos;
cada homem será o
seu próprio senhor, o seu próprio abismo,
qual pra puxar as
cortinas comigo
ser tão barato
a ponto que um
despejo de socorro se estique por todo o resto,
para que venhas
logo no malfindo deste murro
que é nos ossos a
dor maior
de estar em isso
tudo,
como enxergamos, e nos cegamos a ermo
como enxergamos, e nos cegamos a ermo
o equívoco pôr de
taças do bom juízo,
perto no chão da nossa
fala.
8 de dez. de 2011
4 de dez. de 2011
Onde Está Leocádia
A
palavra que quero
o
maior poema do mundo
pode
estar sossegando apertado
bem
debaixo do teu braço;
cheirando
azedo,
pode
ficar passado
por
dentro seus pensamentos
das
solas dos teus tênis falsos.
Poderá
a palavra
suportar
e sugar o teu reino,
escapar
da tântria,
e
se romper
e
se descamar
como
vento e caspa-neve
por
entre os teus cabelos?
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