Me
desculpe o meu cabelo bagunçado
chegar
assim e me deitar no seu quarto
sacudir
as vestes que o teu corpo já viu
e
as unhas deixar nu em couro o seu sofá...
me
perdoe também o mau jeito,
meu
beijinho desastrado
e
meus problemas com a fala.
Estenda-me
o tapete após o banho
que
eu o torno minha artificial fragrância em cheiro
de
novo, de terra.
E
quando vais
e
vejo te da varanda
faz
sereno meu bafo no vidro
que
quase digo quando dói-me à espera;
dorme
enrolado o meu desejo
meu
mau jeito sem volta,
boca
ferida. Amestre o meu medo.
Amo,
amo,
amo,
onde
está o teu punhal
o
teu conjunto de ossos retos?
Que
de estalar os dedos, jogados gravetos, me levam a ti?
Meu
amo
amo
amo,
pronde
foi o teu apito
pra
te lembrar de que existo?
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