Falta de Luz I
É de noite
É de noite
e com bruto despeito eu busco o
sono
ar rebento com falta de ti,
querida
e é por questão de métrica
que me deito e enlaço
o beijo ao ar, braços corridos
no tempo
sobra tanto pra te catar em
sonho, marezinha...
e tu
te avança pra longe quente e
mate,
a mim na azedura mascava que
falta
o teu semblante;
é por falta também de recanto
que fecharas pranto
conto que a minha breguice
devora....
É noção de pensamento fino
arte'doente saber que não estas
minha
nua e baile
dançando na mente quando está
tão acordada,
viola e recruta à viagem de
máquina silenciosa
nessa mente ruidosa, que é só
brinquedo e minha
quando descansa a nossa ira
a fazer só,com essa dança sem
cera
produto de furor, contínuo, de
seios horas
brilhantantes,
ora distantes
mãos na lua
até que acordamos,
ô, se acordamos, sonharmos
perto
sem luvas e curvas de orvalho
no vidro;
a ermo, baralhos de sinos,
cortados,
Sob a claridade de sermos
Falta de luz
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