31 de ago. de 2012

Falta de Luz, I

 Falta de Luz I

É de noite
e com bruto despeito eu busco o sono
ar rebento com falta de ti, querida
e é por questão de métrica que me deito e enlaço
o beijo ao ar, braços corridos no tempo
sobra tanto pra te catar em sonho, marezinha...
e tu
te avança pra longe quente e mate,
a mim na azedura mascava que falta
o teu semblante;
é por falta também de recanto que fecharas pranto
conto que a minha breguice devora....
É noção de pensamento fino
arte'doente saber que não estas minha
nua e baile
dançando na mente quando está tão acordada,
viola e recruta à viagem de máquina silenciosa
nessa mente ruidosa, que é só brinquedo e minha
quando descansa a nossa ira
a fazer só,com essa dança sem cera
produto de furor, contínuo, de seios horas
brilhantantes,
ora distantes
mãos na lua
até que acordamos,
ô, se acordamos, sonharmos perto
sem luvas e curvas de orvalho
no vidro;
a ermo, baralhos de sinos,
cortados,
Sob a claridade de sermos
Falta de luz


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre o Autor

Arquivo do blog