Parte III
Mas o que é o isso a que se deu
o nome de Deus?
Sou eu?
ou
São os meus avós?
É um fato, uma concepção no
escuro, outrora...
ou bálsamo que passo no rosto
para sofrer menos?
É o medo do abismo do escuro
definitivo, indefinido da morte
ou a crua carne que evito e
apenas cumpro?
É começão coletiva de sereno
e saliva cantada tristemente
do vivo para que não me vivas,
do morto para que não me
morras, e não me mate?
É um muro...
é um dia...
é um clamor de dentro do
hospício...
ou de qualquer orifício da
história guerreira?
Eu não quero arder em chamas,
desde que não esteja só
contigo,diablo meu.
Quero entender rápido a mentira
antes que me enterre o engano em
desatino
e me caia nas mãos um envelope
morno escrito teu nome
dizendo que não queria existir
apenas para mim
e me assinando “sou ateu”.
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