22 de mai. de 2013





Homens...................

guiando máquinas..

guiando homens ...

guiando máquinas ….

ad hominem ….....................


meu celular toca
apertam máquinas
o meu coração
minha mente
desparafusada
lembra do corpo que deixei em mãos erradas
mais moço, no forno da minha agonia, filtros
tubos de edição de imagem.

E para acomodar o esporro
veem logo os martelos a conter a ordem
prego
prego
prego,
ou com doçura, alicate
oficiais de polícia, pastor e padre
Todos os nomes escritos
ahora prensados no sagrado In design
dão fluido ao grosso sangue da minhalma
elaborada com cuidado e sem demora na rinha comportada de Henry Ford …..

O meu desejo é automático...
não me recordo do que detesto
Zero, uno, uno, zero, é meu sexo
e meu sêmen vem em lata
sem calda...
Para que nos imprimamos, incestuosamente, um filho,
que chamaremos de Lex Gummo

ele governará o mundo a partir de um helicóptero, um satélite invertido
que o mundo ilustre, observe e obedeça. …..............
…..
vai, filho nosso
venerado pelas garotas incontidas de formol e kevlar russo
púbis sem fios nehuns
em quem ele passará lhes o plástico
e transmitirá, cabo macho, o meu wi-fi
por toda via láctea
a minha memória cache …......
e serão
os meus, nossos herdeiros, homens...

extensão dos meus domínios
dos quais se serviram os

homens....

guiando máquinas...

guiando homens...

guiando máquinas...

meu telefone celular toca
apertam-se as máquinas,
o meu coração-
A minha mente salta,
desparafusada-
lembra-se de que podes
ter sido esmagada,
contra todas as máquinas de amor,
por um Jatobá podre, caminhando numa calçada de pedra.






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