A libido dos covardes é a
distância que mantêm do sangue . É a sanha deles. Gozam o tempo
infinito que a juventude e força que o soldado vende sem paga, às
vezes de sempre, consigo mesmo em corpo e sacrifício sem saber o que
faz. Mata, morre, mata. Perdoai, perdoai. É o que a toga sempre faz
com os comandantes. Gostam, juiz e justo, de ver a vida saind'assim,
em ordem, do gradio dela. Há paixão demais nisso, pois sabemos e
podemos ver de ponta a ponta a via do sofrimento, nesse paraíso
televisivo em que esteve tal corpo, comovido com precisão, de tempos
em tempos saborear a transconsubstanciação, assim, das mágoas em
vinho tinto, e a resolução de toda desavença com síncopes maiores
de gestos, torções de palavras, atos, e mais que isso, de
intenções. A gente sai cabisbaixa, abalada, toda à balas, tonta,
sabendo que no ano que vêm haverá mais cena bárbara. Barra-Al-
baás se mistura entre os os crentes e mulheres são apresentadas a
ele, ele sempre salva a si mesmo; os soldados voltam para casa...
Nada disso faz sentido, nada...é um cassino de sortes, em que os
tiros sempre saem para as mesmas peças; parece um grande campeonato
de conjunções carnais, caótico e avulso. Mas o fluxo é periódico,
e não se envelhece ou morre por completo para fazer parar ele, o
nosso objeto sádico. E como o tesão da burocracia é a fila, e sou
prático no silêncio que sou quando estou nela, a receber o corpo
santo, prefere o que foi escrito, com vergonha, terminar num só parágrafo, antes
que retorne o trágico do que já sabemos. Promete não abrir mais o
nosso livro sagrado, ser de longe palavra covarde também, só ter
começo, e não fim. Amém.
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