3 de set. de 2012

A um Amigo


Zaratustra,

Parece aqueles carimbos sem data, que vão repetindo todos, dizer isso. Mas saiba, amigo, que nesses exatos três anos sem você, ou melhor, nesses dias em que eu "perdi o seu endereço", e por isso aqui escrevo, eu estive melhor do que nunca, podendo estar melhor que o sempre, no caso da sua presença. Eu falo em poesia porque você sempre soube que esse foi meu ângulo pra dizer , e os seus óculos, aqueles seus, sempre viram isso, e muito bem....E ainda que fazer isso falado fosse tempo e possível de corpo, você também o sabe como menor seria, porque te herdo, e me herdou também – sim, eu não poderia deixar de te dar um trocadilho sujo e barato da cacofonia...
Também não poderia deixar de dizer que não fui mais o mesmo; sinto saudades e sentirei sempre, mas não me dói como doeu de início. Sinto que, do jeito que levou embora parte minha, ficou em mim parte alguma tua, que não sei qual foi. Certo que foi uma do teu ego Zaratustra, que conduziram ao brio os meus , Shankar, Sycli e Demian, num grande encontro entre almas. Saudades minhas. 

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