Estranho é ser herói
de alguém
Posto que, que gritando
ferido
também me rói no
chão do padecer
todo o deserto como
choro da cara entocada
de um pedestal em
estátua de sala; o que merece
o nulo da luta toda,
então, além de um suor barato?
Moucos por de trás da
porta, sem orelhas, a pedir respostas
fazendo seus rogares de
surras
em que a única peste é sussurrarem sem motivos!
Estranho é o ser do
herói
com bandejas e tijolos
nas mão sem águas
e o velho humano,
espírita e cobarde
no escritório de metal
e carnes
fica como de cócoras,
'quel'alma isolada
debaixo da última
mesa, onde ocoa surdo
o pesar e o acorde
consciente da sua puta dor... Cópias de Xerox.
(Todo existir de ser de
Sebatião é um horror de não saber; e o não saber
dos tolos que tudo
dele-em-mim aqui desejam: sorrisos, curas, intervenções...
Porque pra'lém de
toda marcha imperial há poeira e pés bailados,
e é só o povo quem
tem amor aos calos... Pois só, cada um da multidão se detesta,
se recrimina
e quer um paraíso em
espelho para encanar a víbora vontade … Verdades somem
neste embalo de imagens
tortas,
e o fantasma, onde o
rei cuida de seu povo
que amamenta o rei,
que não ama nem rei
(que é)
nem povo (que o faz)
nada para o mais
deleite de estar com armas
e detido na noite,
bebendo calmantes
à espera de ser
chamado outra e outra vez
e vir com a escova de
dentes, entre os entes
para acalmar uns
prantos ridículos e incríveis
E não só um, uns
tantos
o eu, o ninguém –
perdidos – ; mas querem lá
estes
médicos,
mestres
ou o homem que mata
baratas, e apague com as mãos de vez a luz,
simplesmente,
como que não se
importassem se és tu, (e sou!) Um enorme louco
que só falta uivar de
tanto coçar e caçoar dos dias,
ao abrir um riso de
século
em gordas latas de
refrigerantes.
(à salvação!).
Juliano Salustiano
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