OUTUBRO
Parece
que não existo
e
se existo
é
aquilo que já se foi
E
então ?
Alugado,
o
corpo pede sinal para continuar,
persistir
só e ausente.
Tanto
faz se os seus olhos me confundem,
se
nem sou eu quem sequer arco
nem
moro em mim
Certeza
agora
de
que não exista nem pelo canto
e
se existo, repito, talvez dos canos
a
janela tomou fora
e
lançou à alma ao corpo
duro
da rua, com outras
mortas
que tanto trabalha
para
continuar a alugar esse direito
eterno
de
persistir ausente
de
tanto faz
e
parecer que existo, repito, é
recurso
último
mais
um sinal de vida
de
se dizer isso.
E
então ?
Se
chove
a
semelhança parece
luxúria
de
um natural que sem espaço
reza
à pádega equilibrando a moringa
Olha
para frente, ´é vida
ei
que vai ri em minhas costas
e
parece não existir
espírito
fugido
além
do esbranquiço quebrado apenas
a mi
a mi
provavelmente
a
fonte
escura
do
que espanta
a
bem
com
o mal
e
o mau
com
moral
há
de estar desfeita
com
qual moral,
se
existir é portar
apenas
indo-se
embora numa água
como gente desconhecida?
09-09-2013
Juliano
Salustiano
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.
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