8 de out. de 2013

Outubro



OUTUBRO




Parece que não existo
e se existo
é aquilo que já se foi
E então ?
Alugado,
o corpo pede sinal para continuar,
persistir só e ausente.
Tanto faz se os seus olhos me confundem,
se nem sou eu quem sequer arco
nem moro em mim
Certeza agora
de que não exista nem pelo canto
e se existo, repito, talvez dos canos
a janela tomou fora
e lançou à alma ao corpo
duro da rua, com outras
mortas que tanto trabalha
para continuar a alugar esse direito
eterno
de persistir ausente
de tanto faz
e parecer que existo, repito, é
recurso último
mais um sinal de vida
de se dizer isso.
E então ?
Se chove
a semelhança parece
                              luxúria
de um natural que sem espaço
reza à pádega equilibrando a moringa


Olha para frente, ´é vida
ei que vai ri em minhas costas
e parece não existir
espírito fugido
além do esbranquiço quebrado apenas
                                                    a mi


provavelmente a
fonte escura
do que espanta
a bem
com o mal
e o mau
com moral
há de estar desfeita
com qual moral,
se existir é portar
apenas
indo-se embora numa água
como gente desconhecida?


09-09-2013


Juliano Salustiano
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