5 de out. de 2013

A UMA FUTURA ATRIZ ,GAVCHA



A UMA FUTURA ATRIZ ,GAVCHA

               Uma atriz, Gaúcha.
Vírgula,
mais uma
suspira
e se pendura.
Sem orquestra, sua voz salta e com ela
Pulsa com frequência e ondula com cabelos e fazeres-o-quês.
Morena de lustra Porto Alegre os seus pormenores, numa caixa de joias
mas quite as costelas de um homem copiado do que o doído alheio se te adivinhas
Adivinhas?
Divinizas?
morena do baixo tablado extensão do calcanio, espezinha onde encena tudo
Quem a acena perde os sinais de fortuna ganha, compromisso e anéis de amarrar vidas em teu gracejo]
Morena
a cena cala
refaz e emuda;
' morena, se banha com a luz de coxia e vozeado
onde aprende tudo que não imitas. Sequer prepara.
Chega em casa e esquece dos penteados que perdeste?
Deste voz a siba muda esse elétrico painel automático de mundos ?
Pneumas respiras elétrica quando te pensas fundo perto do vento ?
Cubra-se nos braços, que está frio, tenho vontade de dizer,
mas jaz na luz completa o intervalo em que estaca. Passa com pressa. Morena de luzes múltiplas, imediatas,
gaúcha e virgulada, estaca os saltos na rua depois do espetáculo...
Mas eu não sei, não sei nada dela
e isso podia ser falado por ela mesma e seus pormenores: mais de quarenta personagens que se compõem a pulso e febre
passos que de lebres que ponham célebres dos coletivos mudos, cheios de gente e sem história nenhuma;
ficas, ficou. Desdêmona cá, mas já estas viva ali, de novo ...
E puft,
viraste pássaro desconhecido.
Agora vais passada de reboque e sombras – é noite de ato sério –
tira num segundo o gargalo e blanche-
Guerras de Colorados, Blancos –
Não identifico a peça ...Vim aqui para falar mal do texto e enxergá-la; e só.
Vais atrás de outras personas, lá na sombra do pé de carne e rosto a rebrotá-la:
usa-as.
Não julgue que seja assim essa humana de sorte vultuosa uma pétala ou coisa crível
vez que guarda terapias de redução e a máquina de se rebolar no seu dedo médio;
atente e prove ir vê-la de Cuia, guria a homem, a depender do desfeito dito. Xinga e manda-te para a casa do ensaio.
Só que por ser muito delgado meu olho e a fileira do mundo que ocupo, nem nos vemos.
Pago uma fortuna para ser submetido mais de alguns minutos.
Estás livre para amarrar o povo como quer.
Quanto mais solta, mais impressa e desinteressa o que se diz,
se dito por aquela de careta pouco fiável
e breve no inox de sua anima, a refletir.
Luz de canhão se apaga, e
uma certa futura atriz gaúcha necessita ser um pouco dela; descansar desse giro, entrar em bancos, tomar ônibus, monotonias, opacar-se talvez;]
dai para dentro é intimidade, e só a poesia é quem sabe...
Procuro uma desculpa de voltar pra casa.
Tem de ser mentira boa,
porque diante dela, o ausente palco dela,
inserido, inciso dela, como lei e garfa
dessa mulher e virga,
sou o único que não finjo estar desfeito.




Juliano Salustiano.












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