6 de mar. de 2013

Florbela II

Florbela,
dá me um maço de cigarro,
e acenda de longe sua mentira imunda.
Fique em silêncio quando te peço
e não volte a gritar caso eu irrite:
os teus cabelos não estão mais coloridos
o efeito do lírio já passou
o que não passa é esse teu jeito abusivo
corpo de lareira
poesia turra.
Para o quê reclamas,
se já desististe do divino?
E para qual me chamas
se o meu lixo te pouco adula?
Florbela,
toma teu rumo e saia de mim,
mulher de calças
antes que eu te invista
como se te fossem duras as minhas
nuas Mágoas.

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