21 de fev. de 2012

Camila


Ela se engraçou com o verseiro
e queria um verso por dia
Camila, solitária encosta
não é de vidro toda pedra em que espia;
o navio mordido de corsário roça,
e invade plantações...
Mas Camila quer sempre safra nova
e nasce o trigo de uma vez toda
e ela chora...
O verseiro, Camila,
não é chuva boa
semente ou trator de arado
O fazedor, Camila
é tubarão a saltar pra proa;
pra estar do teu lado
o faz-te-cor,
traste-dor é praga
que só pousa, lentamente,
em ti quando inundada
E viste, foi a última que trovoou lá fora, Camila. Noite calada...

Sobre o Autor

Arquivo do blog