31 de ago. de 2014

Exílio


Exílio


O sol é oriental
já não consigo viver com ele
abraçado só com a luz que me deste, aquela,
quente outro dia,
e outro tantos dias com que te fui ingrato
intragável gado e cigarrete, incompreensível,
há o barulho do vento embrulhando os braços
embaralhando as ordem de se correr
para a liberdade.
Mas quê, liberdade ?
De caminhar solo no bando de meus ossos
e não te ver ?
Eu vou ficar para ter a noite a dançar
e os arcos das estrelas do sul do sul do mundo
que me anotem, notem de relembrar
nos amores das casas tingidas por todas as suas idas,
que desejavam belo dia serem vermelhas, para lembrar também,
mas nem isso ficaram
só o vazio e o medo
dos dedos vazios de medo serem os próximos dedos da família a faltar
lembrança...
com olhos cozinhados de estalados, ovos e gema
de tanta dor
sejam, a distância e a calma, minhas testemunhas de coragem;
Agora eu sou o sol Oriental da nossa república
e sem espanto,
do outro lado
já não conseguem viver sem mim.
Eu volto.
Sem me apagar. Voltaremos.




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