Exílio
O
sol é oriental
já
não consigo viver com ele
abraçado
só com a luz que me deste, aquela,
quente
outro dia,
e
outro tantos dias com que te fui ingrato
intragável
gado e cigarrete, incompreensível,
há
o barulho do vento embrulhando os braços
embaralhando
as ordem de se correr
para
a liberdade.
Mas
quê, liberdade ?
De
caminhar solo no bando de meus ossos
e
não te ver ?
Eu
vou ficar para ter a noite a dançar
e
os arcos das estrelas do sul do sul do mundo
que
me anotem, notem de relembrar
nos
amores das casas tingidas por todas as suas idas,
que
desejavam belo dia serem vermelhas, para lembrar também,
mas
nem isso ficaram
só
o vazio e o medo
dos
dedos vazios de medo serem os próximos dedos da família a faltar
lembrança...
com
olhos cozinhados de estalados, ovos e gema
de
tanta dor
sejam,
a distância e a calma, minhas testemunhas de coragem;
Agora
eu sou o sol Oriental da nossa república
e
sem espanto,
do
outro lado
já
não conseguem viver sem mim.
Eu
volto.
Sem
me apagar. Voltaremos.
Imagem de internet.
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