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São Paulo do meu comichão !!!!
quantas areias da minha sunga saudade ;
São Paulo do meu comichão, caminhão
donde Brookfields brotam em árvores augustas
aromas de Cyrelas e Setin
das suas torres de Jacarandás tortas
q se já (se) foram
Perdeu-se a carga da maconha dos protestantes-contrarreforma
e ficaram todos tontos na festa e esqueceu-se...
São paulo comichão da minha vida !
(Minha casinha resiste na vala)
que imito e insisto todos os dias
com as batatas e fendas
Passeio de Breque pela cuidad
que se transtorna com desculpe-me o,
transforma-se, quando piso nela
não sei dizer :
San Pablo com calma e concreto
àquela minha amiga mexicana
nem no dia do seu aniversário .
O meu coração é enorme
e os ratos também
Ainda há sol na cabeça de quem não conseguiu encobri-lo ;
O meu coração é enorme
e os ratos também
repito!!!!
de se soltar o reboco da minha cara – ó !
o rato grande entrou na boca sem dente,
depois de se enrolar na perna do taxista,
a temer o hospício de gente
formada
na capital …
São Paulo
come chão
da minha vida!
Alstons de odds Miragaias e Camargos
e Correas
Margaridas surrando o chão com brocas
quedas
quedaste, São Paulo na minha confusão
São Pablo,
militares no centro
me coço
São Paulo da coça nos hotéis e das onças extintas por cacetes
cassetetes
rugem seus espíritos doidos na lândia das cream crackers
da Helvétia …
São Paulo, comichão da minha vida!
Te parodio toda, para não odiar-te
(Ah! Metrópole!)
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