Marte---
mar
de lama distante---
me
diz quando tu vem---
abrigar
o céu
mínimo
e
não chovendo
grande
e
plano?
Sempre
pele de índio---
flecha
avante---
bumerangue
cordel----
frente
de batalha-
lindo-----------------
Marte
aceso no escuro é da cor de um muro
velho-
vai
disputando com os fios de lux concentrados no tempo ocioso
Marte-
arte
de fera
sufoca
de longe o mundo com tua chama
como
uma cidade esperta
cheia
de obras desencantadas de barro
de
soma guerreira-
que
se levanta e passa
enquanto
dormimos-
e
adormecemos o mimo
da
canalha espreita.
Quadrante
das constelações -
dos
espaços entre mim e ela--
nunca
pôde
devorar
o meu calor todo
nem
mesmo flamejar a espera
do
meu olho
atômico---
fio ligando outro
à
noite
em
mim à parte do visto--
Marte-
no
horizonte à tarde
confunde-se
com um resto de céu--
vermelho
e tinhoso-
todo
marte também.
Marte-
jóia
na caixa-
cintila
no indecifrável
e
eu prefiro quando anoitece-
e
renasce o contraste
entre
Epos e o véu
translúcido
de estrelas brandas-
como
que acalmando a fúria
do
temeroso encarnado avante
apreciável
e reticente-
próspero
farol->
do
homem que sem Eros-
Dalva
clara
e
distante-
se
guarda em rancor e range
pleno
da
sua paixão em ferroar
e
seu ódio pela dor do incerto>
que
dói------------------------------------------
---dor
de marte
em
escorpião---
marte-----
Marte
tarde-
até
tarde da noite
no
verão-
marte
é-
sol
secreto--
raio
discreto--
sem
trovão
Marte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário