Noite com Vlad
Sob o trono de Vlad, couro de bode
Esse existir não seria tão azedo
Na já azarada fé de quem não pode
Tal qual artéria jorra um limo espesso
Açoitou o juízo o ogro sem segredo
Porque ensinou a marchar marcha covarde
Tornando a asnice com célebre alarde
É esse senhor tal flor a vir do medo?
Frouxo demais para agir a jipe ou tanque
Inútil eu que sou os dentes só rangem
Pros sonhos de Vlad a verter o sangue.
Mas mais amargo que o mal é essa imagem
Do sujo abismo, um narciso e Brilhante
É ver nela admirado o povo infante.