J
A
prova da minha existência
eu nunca soube provar.
mas me ocorreu uma ocorrência
assim um tanto irregular.
cansada, aqui matutando
pensei num momento distante
que o rapaz, o tal Juliano
me foi assim sempre constante.
os dias que não pude falar
Juliano vinha dar oi
os dias que eu quis me afastar
Juliano nunca se foi.
parei, refleti, mas não me 'deti';
por muito tempo sumi.
mas o rapaz, o tal Juliano
aquele sorriso africano,
ele sempre estava ali.
eu morria em pequenas palavras
e me abria só quando dilacerada.
o Juliano paciente escutava
mas aquele sorriso, que nunca fechava
me dava alguma impressão
de que de fato, ele não fechava não.
um dia, sozinha e arruinada
pensei no estrago da vida
eu tinha sempre o Juliano
e o Juliano, pouco me tinha.
o Juliano, ele me merecia
eu só não sabia o que é que eu queria.
eu vinha sempre arruinada,
mas com sorriso sem trava
com frase feita e ensaiada
o Juliano começava . . .
"oi !"
eu nunca soube provar.
mas me ocorreu uma ocorrência
assim um tanto irregular.
cansada, aqui matutando
pensei num momento distante
que o rapaz, o tal Juliano
me foi assim sempre constante.
os dias que não pude falar
Juliano vinha dar oi
os dias que eu quis me afastar
Juliano nunca se foi.
parei, refleti, mas não me 'deti';
por muito tempo sumi.
mas o rapaz, o tal Juliano
aquele sorriso africano,
ele sempre estava ali.
eu morria em pequenas palavras
e me abria só quando dilacerada.
o Juliano paciente escutava
mas aquele sorriso, que nunca fechava
me dava alguma impressão
de que de fato, ele não fechava não.
um dia, sozinha e arruinada
pensei no estrago da vida
eu tinha sempre o Juliano
e o Juliano, pouco me tinha.
o Juliano, ele me merecia
eu só não sabia o que é que eu queria.
eu vinha sempre arruinada,
mas com sorriso sem trava
com frase feita e ensaiada
o Juliano começava . . .
"oi !"
Por: Helena Vitorino, 2014