25 de jan. de 2015

De repente, 461 (anos) em décima porca, como as calçadas de São Paulo.


De repente, 461 em décima porca, como as calçadas de São Paulo.


Quando cheguei em São Paulo
A festança estava bruta
brotava cá a minha luta
com o matulão, o meu armário
fui o bolo de aniversário!
Mai'eu quase não tive tempo...
de na festa ter momento:
me comeram por repleto,
fui erguer um “morro-reto”,
[e] desaprendi a ser vento! 






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2 de jan. de 2015

Juliano's Thought – Duplo simples e torto. 93843281938149302000233#





Juliano's Thought – Duplo simples e torto. 93843281938149302000233#


Eu não preciso enxergar para me inscrever no dia
na minha imaginação eu desenho no marasmo da tábua fria – eu resenho a vida

troco as tintas e imunizo a vista e desfixo
dos deveres pro belo, vou proibido e arisco
do meu réu prazer sem culpa
ignorar inesperada insatisfação que pula

de coração,
em coração
a meu coração … Há um coração

Cheio de alertas no que peço, do que espero;

Falta tradutor para traduzir o certo
e certezas por inteiro para se traduzir
já que não se sabe quanto conformar de perto
sobra-se muita maquiagem a produzir

Maquio com os olhos, péssimos e brilhantes
de quem já cego pelas canseiras de antes
noiva infesta e borbulha através do mundo
toda a minha cara e braçadas n'água a me alastrar o rumo

Tanto seguro, no dorso lúcido da cidade;
tanto bruto no porto inseguro da vaidade

futuro de novo ( a ver-se da quina no cais)
o profundo, velho e sujo das calhas e corais

Renovado no tempo dos que não sabem
ele e eu, alma e couro que não se cabem
vivem plurais de um enorme e só, Juliano
em acessos de surf e jangada de um engano

Menos nau
menos mau, se não for pelo imerso,

que não derivo como barco honesto – boquiaberto
rezando fé por um vento primeiro
o que a palavra me der por sobra e inteiro:
a rebeldia à toa das contas de me possuir
em rio valente – absurdo – e aberto, que é existir.





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29 de nov. de 2014



Raquel's Thought 09971787987979###



Raquel's Thought
09971787987979###

PRÓLOGO


Quantas horas para atender uma pessoa?
Errado. Quantas pessoas entendidas em uma hora?
Corre
[já me cansa]
A alma saiu.
Desfibrilador
[o desconhecido arriva]
Gato na caixa
– Tá vivo?
Checa o pulso [na República]
ela voltou … Pelo tempo
cheia de sequelas mentais
Entonce, tás vivo?
Nem pisca.
Só um coração batendo
e um tubo na traqueia
Ainda um gato de Schrodinger
[agonia]
É essa a impressão da vida.

CORPO
099717879866457979###


A impressão da vida fica
nos gatos que gastei amaciando com fios da minha bárbara coerência
nos gastos que juntei negando
para um só coração batendo;
- Indicia, a vida, toda ela em dutos plásticos,
verdificados, e suas moucas quimeras –
Minha traqueia ronrona [tosse e língua descolocada]
e rastejo para dias de relento: não li o capítulo anterior sobre o que vivi; li que somente viveria... Frase de sobremente do que careceria um sonho...
Olhei a mim
e suspeitei de cansaço;
de como haver gente tão diferente [e não me descanso], se deveria. A íris no picotar da luz me oscila
entre os desejos de ir e de ficar. Quase iguais em si. Não posso me pegar melancólica, por ora, sem sentido .

Só noto que
A suportar-me,
corpo de anatomia sonante ao pé da cama
translúcida, imaginária, com que vejo acordada
repartindo os planos
Essa íris, colada no
liso branco recém-pisado
piso sujo de asfalto de troncos comidos pelo negro dos pneus do meu carro
vai alisando o futuro, apenas. Vendo.

O mocho a largar seu posto na árvore, por perceber mais que eu como avança o dia,
pelos céus [do meu pouso]
que nem me vejo como vim parar aqui …
piam ele e o silêncio.

Vou outra vez para o canto que me resta
agora estou internada
cortinas são as minhas pálpebras
como a alma do desconhecido que não
decide se parte,
ou se incita, vira ou se cala...
Revisa tudo, tudo mesmo, diria que me ronda, caso não fugisse em tempo dali
------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ou se existira em minha mente, essas saídas
bem poderia ser encarnada com seu sangue
me empapar na ânsia de salvá-lo, minha face, clara tanto, vermelha de nervos e ronco
rosto este que já descasou com o espelho mil dias,
não se viu mais por lápis escuro desde o início da poesia
mil olheiras, saudades de casa
tudo impresso
tudo impressão de exames do dia. E mais dias minados. Confusos. Mas não, ainda tenho que aprender o certo. A correção oculta e objetiva que clareia a mente sem despistar os dias em que tive de ler o absurdo inventado pela gente toda, [de que existem dramas em filmes e fitas]...
…..................................

[…]

Muitos de mim terão medo,
de medo também terei deles alguns, em segredo.
Eu construo um subúrbio de sentimentos e delírio, deliro nele
mole e ruidoso,
e essa buraqueira de conexões humanas, túbulos e átrios de ofícios cavucam para mim lugar do meu tesouro e sentido, e calma, de momento...
eu sou douta de mim mesmo, dura demais, sempre pra mais, de viver menos
Até onde vou é uma scissor de pernas longas demais
A impressão da vida fica sempre quando se volta para casa:
escuro, Mercúrio fica no espaço, alérgico dos meus dedos, e ousa em cena do início de noite (…) pertinente ao sol e
roendo bordas de prédios longe
sei lá,
Parecem faltar pedaços, ainda …
Mas não me parece que tudo parou,
O túnel e a ponte para o caminho da casa
me alembra[m] daquela Igreja rígida
visões atoas
de pressões de impressões de vidas passadas.
[O meu templo e capela].




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7 de out. de 2014

Coisa de Americano



Coisa de americano :

COISA DE AMERICANO

lisonjear o trabalho

espantar os pretos ,
e se espantar com pretos de estados

espetando atos
de sons estalados...

Brincar de bang-bang a sério
todos os dias pela paz;
pela pax – pabx – de Columbine

ter medo de vendaval,
pânico de prédio baixo
ou turbante de táxi

e da falha de San 'Andréas
a una que mais divide

todo o progresso da Califórnia
.
fabricar um copo
sul-americano
pra entornar
a lei seca e sacra:
não abrir o mapa

fazer filmes para sempre ganhar
e pipoca para assistir
o sal sobre a terra da America
que vós sois
e somos também
via Epson, e Xerox:

Pão
carne
e pão.

Twist e Pop.

Estrôncio nos corpos marcados de Biquíni:

COISA DE AMERICANO 


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2 de set. de 2014

Letra Jota

 J

A prova da minha existência
eu nunca soube provar.
mas me ocorreu uma ocorrência
assim um tanto irregular.

cansada, aqui matutando
pensei num momento distante
que o rapaz, o tal Juliano
me foi assim sempre constante.

os dias que não pude falar
Juliano vinha dar oi
os dias que eu quis me afastar
Juliano nunca se foi.

parei, refleti, mas não me 'deti';
por muito tempo sumi.
mas o rapaz, o tal Juliano
aquele sorriso africano,
ele sempre estava ali.

eu morria em pequenas palavras
e me abria só quando dilacerada.
o Juliano paciente escutava
mas aquele sorriso, que nunca fechava
me dava alguma impressão
de que de fato, ele não fechava não.

um dia, sozinha e arruinada
pensei no estrago da vida
eu tinha sempre o Juliano
e o Juliano, pouco me tinha.

o Juliano, ele me merecia
eu só não sabia o que é que eu queria.

eu vinha sempre arruinada,
mas com sorriso sem trava
com frase feita e ensaiada
o Juliano começava . . .

"oi !"   


Por: Helena Vitorino, 2014




31 de ago. de 2014

Exílio


Exílio


O sol é oriental
já não consigo viver com ele
abraçado só com a luz que me deste, aquela,
quente outro dia,
e outro tantos dias com que te fui ingrato
intragável gado e cigarrete, incompreensível,
há o barulho do vento embrulhando os braços
embaralhando as ordem de se correr
para a liberdade.
Mas quê, liberdade ?
De caminhar solo no bando de meus ossos
e não te ver ?
Eu vou ficar para ter a noite a dançar
e os arcos das estrelas do sul do sul do mundo
que me anotem, notem de relembrar
nos amores das casas tingidas por todas as suas idas,
que desejavam belo dia serem vermelhas, para lembrar também,
mas nem isso ficaram
só o vazio e o medo
dos dedos vazios de medo serem os próximos dedos da família a faltar
lembrança...
com olhos cozinhados de estalados, ovos e gema
de tanta dor
sejam, a distância e a calma, minhas testemunhas de coragem;
Agora eu sou o sol Oriental da nossa república
e sem espanto,
do outro lado
já não conseguem viver sem mim.
Eu volto.
Sem me apagar. Voltaremos.




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